25/09 - Dia do Rádio
O rádio é mágico, o brasileiro não vive sem ele e não podemos esquecer que não há rádio sem a figura do radialista. Parabéns a este veículo de comunicação e os que o fazem.
A história do Rádio no Brasil é dividida em 6 fases distintas. A Fase 1 que se estende de 1919 até 1932, marca o início do Rádio no Brasil através das experiências das empresas norte americanas Westinghouse e Westem Eletric, esta última na comemoração do centenário da Independência em 1922 com dois transmissores de 500 watts, que foram adquiridos pelo governo.
Através do pioneiro da Radiodifusão, Edgard Roquette Pinto, foi criada a primeira emissora de rádio no Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923.
A Rádio Sociedade, em seu início, funcionava de forma precária sem uma programação definida e de forma esporádica. No mês de outubro daquele ano a Rádio passou a ter uma programação um pouco mais organizada transmitindo notícias de interesse geral, as conferências literárias, artísticas e científicas. A Semana de Arte Moderna provavelmente foi a inspiração dos radiodifusores da época.
A Radiodifusão comercial teve início em 1924 com a criação da Rádio Clube do Brasil, sendo a segunda rádio do Brasil e a primeira a ter autorização para transmitir publicidades.
A fase 2, conhecida como a fase da Estruturação do Rádio vai de 1932 a 1940, e é marcada por dois fatos do ano de 1932, em 1º de março, o governo organiza a veiculação de publicidade pelas emissoras e em 1932 acontece a revolução constitucionalista de São Paulo, quando o rádio adquire grande importância, com transmissão por emissoras paulistas de mensagens oposicionistas ao Gov. de Getúlio Vargas.
A partir de 1931, com a regulamentação das publicidades radiofônicas, começou a surgir emissoras com o intuito de obter lucratividade.
Surge também nessa fase a primeira rede brasileira de rádios, a Rede Verde Amarela de Rádio, Rádios Cruzeiro do Sul e Kosmos, que fez a primeira transmissão de copa do mundo, a Copa França/38.
A fase 3, conhecida como Rádio Espetáculo, vai de 1940 a 1955, e caracteriza como a era do Apogeu do Rádio, quando as emissoras levavam ao ar uma programação voltada para o entretenimento das pessoas associadas às transmissões esportivas. Surgia nesse período também as radionovelas, com o clássico “Direito de Nascer” com 260 capítulos, transmitidos de janeiro de 1951 até setembro de 1952.
Nesse período também surgiu os programas de auditório, as rainhas do rádio, como Linda Batista, os progrmas humorísticos e também o Radiojornalismo, que teve no Repórter Esso a sua consagração, iniciando pela Rádio Nacional e depois em 1962 transferido para a Rádio Globo, quando veio a ser extinto em 31/12/1968.
Em 1950 surge a primeira TV brasileira. O pioneirismo de Assis Chateaubriand dá início em 18/09/1950 à Tv Tupi-Difusora de São Paulo que encerraria suas atividades na década de 80.
A fase 4, que vai de 1955 a 1970, é conhecida como a fase da decadência do Rádio. Com o surgimento da TV a era de ouro do rádio é abalada, apesar do pequeno número de emissoras de TV faz com que o rádio perca boa parte das verbas publicitárias e os programas de auditório deixam a cena surgindo o radiojornalsmo moderno com música, esporte e notícia.
Com o espetáculo transferido para a televisão, o rádio passa a ter como objetivos principais, o jornalismo, o esporte e a prestação de serviços. Com as vitórias da Seleção Brasileira nas Copas de 58 na Suécia, em 62 no Chile e do México em 70, o rádio se consolida como meio de divulgação esportiva, torcedores em estádios com radinho virou tradição que sobrevive até os tempos atuais, muitos falam que futebol só tem emoção se ouvido pelo rádio.
A fase 5, que vai de 1970 a 1983, é conhecida como a era da Reestruturação do Rádio. O surgimento da Frequência Modulada, mesmo sem recuperar o faturamento de outras épocas, o rádio respira com as Rádios AM´s segmentando em notícias, esportes e prestação de serviços e as FM´s com predominância de programações mais musicais.
Foi criada também neste período a Rede de transmissão do Jornal de Integração Nacional da Rádio Jovem Pan de São Paulo.
A fase 6, de 1983 até os dias atuais, tem como característica principal a segmentação da programação e a formação de redes de satélite. Surge as grandes redes de rádio, como a Rede Globo de Rádio, a Central Brasileira de Notícias – CBN com notícias 24 horas, conhecida como a “Rádio que toca notícias” e as segmentações, como as Rádios só para jovens, como a Rádio Cidade FM, a Rádio Jovem Pan FM, a Rádio Transamérica FM e também as por segmentos musicais, umas que toque somente um tipo de músicas, como MPB, Axé, Sertanejo, e outros.
Surge também a partir de 1983 as rádios Educativas e Comunitárias, e atualmente, com o advento do desenvolvimento tecnológico surgem o Rádio Digital e as rádios somente on line, como a Rádio Mineira a Super Nova Web Rádio.
J.Begatti
Excelente iniciativa, parabéns.
ResponderExcluirJudson Santos-Bsb-Df.