quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A Caridade verdadeira não é um ato revolucionário


Hoje, observo com apreensão a postura de alguns leigos católicos, e até mesmo de alguns sacerdotes ordenados, e, plasmem até bispos católicos, que parecem querer transformar a igreja em um palco para exibição do que pode chamar de "misericordismo". 

É preocupante perceber tentativas de utilizar as nobres ações de misericórdia como instrumento de promoção pessoal ou política. Este fenômeno representa um perigo latente para o objetivo primordial da santa igreja no mundo: conduzir as almas à salvação, conforme ensinado por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

A verdadeira essência da igreja reside na propagação do amor, compaixão e misericórdia, refletindo os ensinamentos do Divino Mestre. No entanto, quando tais princípios são deturpados para servir a interesses pessoais ou agendas políticas, o propósito sagrado da igreja fica comprometido. O uso indevido das ações de misericórdia, seja como meio de autopromoção ou como ferramenta política, desvirtua a mensagem central da igreja. Em vez de focar na condução das almas para a salvação, esse comportamento desloca a atenção para objetivos menos nobres, obscurecendo a verdadeira missão espiritual.
É crucial que todos os membros da igreja, leigos e clérigos, estejam vigilantes e comprometidos com a autenticidade do serviço misericordioso. A busca pela salvação das almas deve transcender qualquer motivação egoísta, mantendo-se alinhada com os princípios fundamentais do cristianismo. Assim, insta-se a comunidade católica a permanecer fiel à mensagem original de amor e misericórdia, preservando a integridade da igreja como instrumento divino para a redenção espiritual e salvação das almas. Que cada ação de misericórdia seja uma expressão genuína do amor cristão, contribuindo para o propósito sublime de guiar as almas pelo caminho da salvação, em consonância com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A caridade é uma característica particular ao catolicismo, historicamente enraizada e difundida pela igreja ao longo dos séculos. Esse valor transcende as eras, tornando-se uma rotina na vida social e ganhando espaço como um mandamento divino. A essência da caridade católica, através das obras de misericórdia, vai além do simples assistencialismo barato. 

Não se trata de um ato movido por interesses políticos, revolucionários ou trocas de favores, mas sim de uma expressão genuína do amor ao próximo. Enquanto o assistencialismo político busca votos, o artístico procura promoção e o ateu age por sentimentalismo, a caridade católica emerge como um compromisso divino, uma condição para a salvação eterna. No centro dessa prática está a visão do católico sobre o pobre: não apenas como um necessitado de recursos materiais, mas como a representação de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra. 

O verdadeiro católico busca, além de prover alimento, restaurar a dignidade do necessitado como filho de Deus. O católico vê no pobre a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e busca dar a ele, mais do que pão, a dignidade de um filho de Deus. Basta ver o trabalho de São Vicente de Paulo, de Santa Tereza de Calcutá e Santa Dulce dos Pobres, que nunca fizeram da caridade um ato político revolucionário, mas sim uma escada de salvação não só para eles, mas para tantos outros, como o Beato Frederico Ozanan, que inspirando em São Vicente de Paulo, promoveu grande diferença no mundo. 

A caridade católica não se limita a gestos isolados, mas influencia vidas de maneira profunda e transformadora. Exemplos como do Beato Frederico Ozanan, demonstram que a verdadeira caridade não é um ato político revolucionário, mas sim um compromisso de amor e serviço ao próximo. Assim, a caridade católica perdura como uma força generosa que é capaz de transcender tempos e ideologias, moldando corações e proporcionando esperança a todos que a ela recorrem.

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